25 de fevereiro de 2010

Reflexão sobre o livro “O Sorriso Etrusco”, José Luis Sampedro (Editora Martins Fontes)


por Suely Satonarque

Senhor Roncone, velho sábio, enigmático, sereno e voluptuoso de Roccasera (interior da Itália), segue para Milão em busca de tratamento para sua
rusca, nome que batizou sua doença (rusca= furão - fêmea, grande buraco).
No percurso ao lado de seu filho Renato, que conduzia o carro, às vezes conseguia adormecer e quando acordado observava a paisagem.
Renato observa o pai e reflete sobre a separação de ambos (pai e filho): cresceu, foi à procura de outros caminhos, construiu família, seguiu em outra direção e ao dirigir os olhos para o pai percebe que neste afastamento sentiu a ausência de seu semblante, sua fisionomia, do amparo do seu genitor.
Ao chegarem ao apartamento, o velho conhece o seu neto Bruno – Brunetinho – e a partir daí a pouca/muita vida que lhe resta fica recheada, alimentada e preenchida pelos encontros inusitados, único, diferente e fora do comum com seu neto.
Nesses encontros lhe foi permitido descobrir e iniciar a extensão da comunicação intergeracional, narrando sua existência, transmitindo para o pequeno Bruno a sua história de vida, as suas experiências, a intensidade de seus saberes conquistados que habita sua psique pelo tempokaíros, e seu corpo pelo seu tempo kronos. Isto é, reinventou, construiu, mudou a trajetória alterando e admitindo as divergências.
Etruscos
Os Etruscos eram um aglomerado de povos que viveram na península Itálica na região a sul do rio Arno e a norte do Tibre, então denominada Etrúria e mais ou menos equivalente à atual Toscana, com partes no Lácio e a Úmbria. Eram chamados Τυρσηνοί, tyrsenoi, ou Τυρρηνοί,tyrrhenoi, pelos gregos e tusci, ou depois etrusci, pelos romanos; eles auto-denominavam-se rasena ou rašna (fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre).
Suely Tonarque
15.02.2010

Nenhum comentário: