Estive em abril deste ano na Alemanha e conheci Monika Genter, que há mais de 25 anos trabalha com idosos em Essen. Entendi que fazia uma função entre o acompanhamento terapêutico, o cuidado e a gestão domiciliar. Achei importante sua experiência pois ela rompe com os enquadramentos profissionais – cada vez mais em voga no Brasil – para abrir a possibilidade do encontro, da ajuda e da escuta. Muito gentil, ela atendeu ao meu pedido de contar como era o seu trabalho e agora, graças à tradução de minha irmã, podemos compartilhar sua experiência.
“O meu trabalho consiste em ajudar os idosos com tarefas que eles mesmos não conseguem mais realizar ou tarefas árduas que exigem muito deles, como por exemplo, colocar ou retirar uma cortina, tomar banho ou trabalhos domésticos como limpeza de janelas e escadas.
O objetivo é dar apoio ou estar por perto nos momentos em que eles não se sentem seguros ou confiantes para realizar certas tarefas sozinhos. Eu acompanho suas visitas aos médicos, marco consultas e asseguro que eles compareceram a elas. Ajudo junto às compras, estando atenta para o que eles compram ou o que eles precisam comprar. Estou presente para ajudar com questões relacionadas aos seguros de saúde, tarefas bancárias e pagamentos de contas.
Algumas vezes eles precisam de alguém que os escute. Dou conselhos e os encorajo quando se sentem preocupados ou inseguros. Uma vez na semana realizo um encontro geral onde tomamos café da manha juntos. Neste momento eles também me mimam como se eu fosse parente ou amigos que já se foram, ou ainda como um filho que não tem tempo para estar com eles.
Às vezes eu estou simplesmente lá para eles, para passar o tempo, jogar cartas, passear, etc.
Eu sou uma cuidadora geral, secretária, trabalhadora doméstica, dama e amiga."
Monika GenterTradução: Marta Alves Barbieri
26 de julho de 2010
17 de julho de 2010
PSICOGERONTOLOGIA: FUNDAMENTOS E PERSPECTIVAS
ATENÇÃO !!!!!!!!!!
Segunda feira 9 de agosto começa o segundo módulo do curso de Psicogerontologia. Este módulo, chamado "Ações e Intervenções", embora complementar do primeiro, é independente dele, então pode ser feito sem ter cursado o módulo do primeiro semestre.
Sempre coordenado por Delia Catullo Goldfarb o curso tem 25 vagas e acostuma lotar. Então, os interessados devem fazer sua matrícula o antes possível.
Este semestre contamos com excelentes professoras convidadas como Ruth G da Costa Lópes, Marilia Berzins, Beltrina Corte, Natália Alves Barbieri, Maira Peixeiro, Maria Alice Machado e Carolina Guimarães
Mais informações www.cogeae.pucsp.br (depois clique em extensão e gerontologia)
Segunda feira 9 de agosto começa o segundo módulo do curso de Psicogerontologia. Este módulo, chamado "Ações e Intervenções", embora complementar do primeiro, é independente dele, então pode ser feito sem ter cursado o módulo do primeiro semestre.
Sempre coordenado por Delia Catullo Goldfarb o curso tem 25 vagas e acostuma lotar. Então, os interessados devem fazer sua matrícula o antes possível.
Este semestre contamos com excelentes professoras convidadas como Ruth G da Costa Lópes, Marilia Berzins, Beltrina Corte, Natália Alves Barbieri, Maira Peixeiro, Maria Alice Machado e Carolina Guimarães
Mais informações www.cogeae.pucsp.br (depois clique em extensão e gerontologia)
ENCONTRO
Numa esquina barulhenta de São Paulo, uma mulher dá as últimas tragadas culposas no cigarro antes de entrar na sua sessão de fisioterapia.... descansa um instante... o joelho dói desde o início da manhã.
Alguém lhe fala, ela se vira, e aquele senhor simples, de bengala lhe diz algo que ela não entende por causa do barulho da rua. Pensa que está sendo censurada por fumar e o olha sem simpatia.
- Com todo respeito, estou dizendo que você é linda e tem lábios sensuais.
- Obrigada, que elogio !!!
- Não é elogio não, elogio você diz para convencer alguém e eu só estou falando uma verdade evidente aos meus olhos. A senhora é linda mesmo e é bom observar a beleza, especialmente quando estamos sofrendo.
- O Senhor está sofrendo? O que acontece?
- São as dores... tem uns imbecis aí que dizem que a velhice está na cabeça, mas a verdade é que está nos ossos.
- É verdade, estava descansando da subida antes de entrar na fisio...
- Mas apesar disso você é linda e tem lábios sensuais, de onde você é?
- Argentina, mas já vivo há 30 anos no Brasil....
- Quando era criança ia muito ao circo e sonhava em casar com uma dessas trapezistas argentinas.
- E casou?
- Não, porque não conheci você... você é casada?
- Sou, e você?
- Também..... dê parabéns a ele, é um cara de sorte.
Apresentam-se dizendo seus nomes. As idades nem é necessário, ela mais de 60 e ele talvez beirando os 70.
- Bom, preciso ir, diz ela e lhe dá a mão e um beijo de despedida.
- Também gostei de seu cabelo... é rebelde... Você é rebelde?
- Sou...
- Continue assim.....Sabe o que nós somos? Duas pessoas civilizadas e educadas....
- Com certeza, foi um prazer.....................
Alguém lhe fala, ela se vira, e aquele senhor simples, de bengala lhe diz algo que ela não entende por causa do barulho da rua. Pensa que está sendo censurada por fumar e o olha sem simpatia.
- Com todo respeito, estou dizendo que você é linda e tem lábios sensuais.
- Obrigada, que elogio !!!
- Não é elogio não, elogio você diz para convencer alguém e eu só estou falando uma verdade evidente aos meus olhos. A senhora é linda mesmo e é bom observar a beleza, especialmente quando estamos sofrendo.
- O Senhor está sofrendo? O que acontece?
- São as dores... tem uns imbecis aí que dizem que a velhice está na cabeça, mas a verdade é que está nos ossos.
- É verdade, estava descansando da subida antes de entrar na fisio...
- Mas apesar disso você é linda e tem lábios sensuais, de onde você é?
- Argentina, mas já vivo há 30 anos no Brasil....
- Quando era criança ia muito ao circo e sonhava em casar com uma dessas trapezistas argentinas.
- E casou?
- Não, porque não conheci você... você é casada?
- Sou, e você?
- Também..... dê parabéns a ele, é um cara de sorte.
Apresentam-se dizendo seus nomes. As idades nem é necessário, ela mais de 60 e ele talvez beirando os 70.
- Bom, preciso ir, diz ela e lhe dá a mão e um beijo de despedida.
- Também gostei de seu cabelo... é rebelde... Você é rebelde?
- Sou...
- Continue assim.....Sabe o que nós somos? Duas pessoas civilizadas e educadas....
- Com certeza, foi um prazer.....................
8 de julho de 2010
UM OLHAR DIFERENCIADO SOBRE O ENVELHECER - Palestra gratuita
Atividade Ger-Ações
Quatro profissionais de áreas distintas: antropologia, pedagogia, psicologia e psicanálise, com o interesse comum na gerontologia debaterão questões sobre o envelhecimento.
Não perca a oportunidade de conhecer e se aprofundar um pouco no tema que cada vez mais faz parte de nossas vidas.
Público alvo: público em geral e profissional interessados nas questões relativas ao envelhecimento.
Data: 18 de setembro de 2010 – sábado das 10h00 às 12h00
Local: Rua Domingos Lopes da Silva, 890 – Vila Suzana
Serão somente 30 vagas.
Inscrições: por telefone 3624-6345 ou por email: cursos@geracoes.org.br (por favor, em Assuntos, escrever: Palestra Gratuita)
Os 30 primeiros inscritos serão previamente informados.
Profissionais: Maria Elvira Gotter, Rita Duarte do Amaral, Vera Brandão e Patricia Cabral.
Para saber mais acesse: www.geracoes.org.br
Quatro profissionais de áreas distintas: antropologia, pedagogia, psicologia e psicanálise, com o interesse comum na gerontologia debaterão questões sobre o envelhecimento.
Não perca a oportunidade de conhecer e se aprofundar um pouco no tema que cada vez mais faz parte de nossas vidas.
Público alvo: público em geral e profissional interessados nas questões relativas ao envelhecimento.
Data: 18 de setembro de 2010 – sábado das 10h00 às 12h00
Local: Rua Domingos Lopes da Silva, 890 – Vila Suzana
Serão somente 30 vagas.
Inscrições: por telefone 3624-6345 ou por email: cursos@geracoes.org.br (por favor, em Assuntos, escrever: Palestra Gratuita)
Os 30 primeiros inscritos serão previamente informados.
Profissionais: Maria Elvira Gotter, Rita Duarte do Amaral, Vera Brandão e Patricia Cabral.
Para saber mais acesse: www.geracoes.org.br
6 de julho de 2010
Segredos genéticos da vida longa
Divulgação Científica FONTE: http://www.agencia.fapesp.br/materia/12413/segredos-geneticos-da-vida-longa.htm
Segredos genéticos da vida longa
2/7/2010
Agência FAPESP – Por que somente algumas pessoas vivem mais de cem anos? Motivos econômicos e sociais à parte, o segredo pode estar no genoma. Cientistas acabam de descobrir uma série de assinaturas genéticas particularmente comuns em indivíduos centenários e não no restante da população.
A descoberta levanta a possibilidade de que, no futuro, as pessoas poderão saber se têm ou não o potencial de viver ainda por muitas décadas – sem levar em conta, naturalmente, o histórico familiar, fatores ambientais ou de estilo de vida, por exemplo.
A pesquisa, cujos resultados foram publicados na edição desta sexta-feira (2/7) da revista Science, também é importante para aumentar o conhecimento a respeito de como o ser humano envelhece.
Partindo da tese de que determinados genes podem estar envolvidos no processo de viver até idades mais avançadas, Paola Sebastiani, da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, e colegas vasculharam os genomas de 1.055 homens e mulheres com mais de cem anos (cujos dados foram obtidos na pesquisa e em outras anteriores) e de 1.267 indivíduos mais jovens (grupo de controle).
O grupo identificou um número de marcadores genéticos que são especialmente diferentes entre centenários e indivíduos mais jovens. Os cientistas em seguida desenvolveram um modelo para calcular a probabilidade de uma pessoa atingir maior longevidade, com base em 150 polimorfismos de nucleotídeo único (marcadores genéticos) identificados pelo estudo.
O resultado foi notável. Com a ajuda do modelo, os cientistas foram capazes de estimar com 77% de exatidão se um determinado indivíduo ultrapassou ou não os cem anos. Mas os autores destacam que o modelo ainda está longe de ser perfeito.
O método poderá ser aplicado não apenas para avaliar a probabilidade de se tornar centenário, mas também no estudo de doenças relacionadas ao envelhecimento. “A metodologia que desenvolvemos pode ser aplicada a outros mecanismos genéticos complexos, incluindo doenças como Alzheimer, Parkinson, cardiovasculares e diabetes”, disse Paola.
O estudo observou que 45% dos mais velhos entre os participantes – aqueles com mais de 110 anos – tinham assinaturas genéticas com as maiores proporções de variantes associadas à longevidade entre as identificadas pelos cientistas.
Os pesquisadores dividiram as predições genéticas em 19 grupos característicos (ou assinaturas) que se correlacionam com diferentes expectativas de vida além dos 100 anos e com padrões diversos de problemas relacionados à idade, como demência, hipertensão e doenças cardiovasculares.
Segundo os autores, pesquisas futuras dessas assinaturas genéticas poderão revelar padrões hoje desconhecidos a respeito do envelhecimento humano. Também poderão ser úteis para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento específicas para cada indivíduo.
O artigo Genetic Signatures of Exceptional Longevity in Humans (10.1126/science.1190532), de Paola Sebastiani e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.
Segredos genéticos da vida longa
2/7/2010
Agência FAPESP – Por que somente algumas pessoas vivem mais de cem anos? Motivos econômicos e sociais à parte, o segredo pode estar no genoma. Cientistas acabam de descobrir uma série de assinaturas genéticas particularmente comuns em indivíduos centenários e não no restante da população.
A descoberta levanta a possibilidade de que, no futuro, as pessoas poderão saber se têm ou não o potencial de viver ainda por muitas décadas – sem levar em conta, naturalmente, o histórico familiar, fatores ambientais ou de estilo de vida, por exemplo.
A pesquisa, cujos resultados foram publicados na edição desta sexta-feira (2/7) da revista Science, também é importante para aumentar o conhecimento a respeito de como o ser humano envelhece.
Partindo da tese de que determinados genes podem estar envolvidos no processo de viver até idades mais avançadas, Paola Sebastiani, da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, e colegas vasculharam os genomas de 1.055 homens e mulheres com mais de cem anos (cujos dados foram obtidos na pesquisa e em outras anteriores) e de 1.267 indivíduos mais jovens (grupo de controle).
O grupo identificou um número de marcadores genéticos que são especialmente diferentes entre centenários e indivíduos mais jovens. Os cientistas em seguida desenvolveram um modelo para calcular a probabilidade de uma pessoa atingir maior longevidade, com base em 150 polimorfismos de nucleotídeo único (marcadores genéticos) identificados pelo estudo.
O resultado foi notável. Com a ajuda do modelo, os cientistas foram capazes de estimar com 77% de exatidão se um determinado indivíduo ultrapassou ou não os cem anos. Mas os autores destacam que o modelo ainda está longe de ser perfeito.
O método poderá ser aplicado não apenas para avaliar a probabilidade de se tornar centenário, mas também no estudo de doenças relacionadas ao envelhecimento. “A metodologia que desenvolvemos pode ser aplicada a outros mecanismos genéticos complexos, incluindo doenças como Alzheimer, Parkinson, cardiovasculares e diabetes”, disse Paola.
O estudo observou que 45% dos mais velhos entre os participantes – aqueles com mais de 110 anos – tinham assinaturas genéticas com as maiores proporções de variantes associadas à longevidade entre as identificadas pelos cientistas.
Os pesquisadores dividiram as predições genéticas em 19 grupos característicos (ou assinaturas) que se correlacionam com diferentes expectativas de vida além dos 100 anos e com padrões diversos de problemas relacionados à idade, como demência, hipertensão e doenças cardiovasculares.
Segundo os autores, pesquisas futuras dessas assinaturas genéticas poderão revelar padrões hoje desconhecidos a respeito do envelhecimento humano. Também poderão ser úteis para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento específicas para cada indivíduo.
O artigo Genetic Signatures of Exceptional Longevity in Humans (10.1126/science.1190532), de Paola Sebastiani e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.
Assinar:
Postagens (Atom)