Sobre esse assunto do corpo, o Jornal Folha de São Paulo do dia 17 de maio de 2010, no caderno Folhateen, na página 12, mostrou quadrinhos do Laerte no qual tem um artista pintando uma mulher nua, de aparência “jovem” e no decorrer de 7 quadros a modelo vai se curvando, ficando grisalha, com rugas, “envelhecendo”, até que o pintor, cruza os braços e afirma: “você está envelhecendo”. Rapidamente a modelo volta a enrijecer a coluna, ficando em postura, sem rugas e com os cabelos não mais brancos e dizendo: “Ah. Desculpe.”.
Pensei comigo, o que este quadrinho estaria fazendo na “Folha TEEN”??? Por que o jovem não pode envelhecer? E por que envelhecer é algo que deve ser desculpado? Por que o artista não pode pintar a “velhice” de forma “positiva”??? E novamente, voltamos para o questionamento: o que estamos produzindo e (re)produzindo socialmente sobre a imagem do idoso? Por que a imagem social do idoso parece depreciativa e um erro/ algo feio para ser desculpado? Que velho então esperamos de nós mesmo? O velho continuará sendo sempre o outro???
Monique Fernandes.
2 comentários:
Concordo com a afirmação de que nossa sociedade ainda não aceita a velhice. Bem considero que estamos em movimento ainda há muito que construir, não podemos desanimar, os meios de comunicação de massa são anti-velhice existindo apenas poucos exemplos de uma velhice positiva e com possibilidade. O problema maior na charge é represenatar a velhice como cansaço, será que ser velho e ser cansado??? Sem postura???. Temos muito trabalho a fazer, pois pensar a velhice em nossa sociedade e pensar numa transformação cultural.
Concordo com a afirmação de que nossa sociedade ainda não aceita a velhice. Bem considero que estamos em movimento ainda há muito que construir, não podemos desanimar, os meios de comunicação de massa são anti-velhice existindo apenas poucos exemplos de uma velhice positiva e com possibilidade. O problema maior na charge é represenatar a velhice como cansaço, será que ser velho e ser cansado??? Sem postura???. Temos muito trabalho a fazer, pois pensar a velhice em nossa sociedade e pensar numa transformação cultural.
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