24 de dezembro de 2010

Finalização do I CURSO PARA CUIDADORES DE IDOSOS

No segundo semestre de 2010 realizamos um curso piloto para Cuidadores de Idosos. A coordenação geral foi realizada por Maíra Peixeiro e Natália Barbieri e a comissão organizadora, responsável pela elaboração e realização do curso, contou com a participação de Kátia Cherix, Liliana Prado, Eloísa Roncaratti e Eduardo Reis, como colaboradores desta associação. Alguns membros da Ger-Ações ministraram aulas, tal como Delia Catullo Goldfarb, além de outros professores convidados.

Este curso teve como eixo principal a construção de uma ética do cuidar, fundamentada na consideração da singularidade do idoso e propôs, não somente, instrumentalizar para os cuidados com o corpo, mas também para as relações intersubjetivas.

Neste percurso, foram debatidos temas como higiene, organização domiciliar, doenças comuns, medicações, cuidados paliativos foram abordados, além de questões como a institucionalização do idoso, a construção de projetos de vida e aspectos psicopatológicos das demências.

O retorno dado pelo grupo de alunos nos deixou muito satisfeitos, já que o objetivo do curso, a construção de uma ética do cuidar, foi atingido. Os trabalhos finais demonstraram grande comprometimento com a questão do envelhecer nos dias de hoje, além de revelar muitos talentos!

Este foi apenas o primeiro passo dado pela Ger-Ações no sentido de construir um dispositivo de capacitação para o cuidar. Pretendemos seguir em frente propondo parcerias que nos permitam levar a frente este projeto que, ao nosso ver, pode trazer contribuições importantes para a obtenção de avanços no campo do cuidado ao idoso.

Muito obrigado a todos que contribuíram para a realização do curso, principalmente aos alunos que tornaram possível esta nossa empreitada!

17 de dezembro de 2010

Cerca de 4,5 milhões de idosos terão dificuldades na vida diária em 2020

Cerca de 4,5 milhões de idosos terão dificuldades na vida diária em 2020
Desse total, 62,7% são do sexo feminino, é o que estima Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima que cerca de 4,5 milhões de idosos - 1,3 milhão a mais do que em 2008 - terão dificuldades para exercer as atividades da vida diária nos próximos dez anos. Desse total, 62,7% são do sexo feminino.

Os dados estão no livro Cuidados de Longa Duração para a População Idosa: Um Novo Risco Social a Ser Assumido?, que o Ipea lançou na quinta-feira, 16, no Rio de Janeiro. O estudo foi organizado pela coordenadora da área de População e Cidadania do Ipea, Ana Amélia Camarano, e foi tema da mesa-redonda Cuidados para a População Idosa: De Quem é a Responsabilidade?

Para Camarano, mesmo que a proporção de idosos com incapacidade funcional diminua como resultado de melhorias nas condições de saúde e de vida em geral, ainda assim, muito provavelmente cerca de 3,8 milhões de idosos vão precisar de cuidados de longa duração em 2020.

Segundo ela, "é urgente pensar uma política de cuidados de longa duração para a população idosa brasileira, inclusive porque a oferta de cuidadores familiares tende a se reduzir nos próximos anos".

Em entrevista à Agência Brasil, a coordenadora da área de População e Cidadania do Ipea disse que o objetivo do estudo é "levantar a discussão sobre de quem é, de fato, a obrigação de cuidar das pessoas idosas e se esse cuidado tem que se transformar em um risco social. A questão é se essas pessoas têm o direito ou não de ser segurado do Estado, como ocorre no caso da Previdência Social e da assistência à saúde".

A pesquisadora do Ipea lembra que a Constituição Brasileira, a Política Nacional do Idoso e o Estatuto do Idoso responsabilizam as famílias por esses cuidados. Segundo ela, a publicação apresenta argumentos para que o Estado e a iniciativa privada assumam e dividam com as famílias essa responsabilidade.

Segundo ela, a ausência de uma política estruturada e articulada de cuidados formais do idoso, ponto de partida para as reflexões do estudo, faz com que "hoje, a família venha a desempenhar o papel de cuidar ou descuidar de aproximadamente 3,2 milhões de idosos sem praticamente nenhum apoio, seja do Estado ou do setor privado".

Para Camarano, a ação dos órgãos governamentais é mínima, reduzida à modalidade de abrigo nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (Ilpis) - os "asilos" do passado. "Esses têm origem na caridade cristã e a maioria ainda depende dela. Outras alternativas são escassas", afirma.

"Eu acho que o Estado tem sim que assumir uma posição mais efetiva na criação de mecanismos de proteção e cuidado das pessoas idosas. Porque a capacidade de as famílias desempenharem esse papel está diminuindo ano a ano e, paralelamente, aumenta a demanda e alguém tem que assumir isso. A grande questão que se impõe é: esse é um risco social que o Estado deve assumir? Eu acho que sim, porque a perda da capacidade de trabalho é um risco social decorrente da idade avançada. E o Estado já assumiu essa perda quando criou a Previdência Social e a aposentadoria por invalidez".

O livro, diz o Ipea, parte do novo cenário demográfico (que indica (mais longevos na população brasileira), com quatro perguntas: como ficará a autonomia dos idosos para as atividades da vida diária?; a família brasileira continuará como principal cuidadora dos membros idosos?; quais as alternativas de cuidado não familiar disponíveis no Brasil?; e qual deverá ser a responsabilidade do Estado na provisão de serviços de cuidados para a população dependente?

Camarano lembra que os "asilos" são historicamente associados ao abandono familiar e à pobreza, e nessa associação está a origem do preconceito. "O livro busca desconstruir a oposição entre vida e residência em Instituições de Longa Permanência para Idosos, bem como entre "solidão" e "aconchego".

O estudo procura mostrar ainda que a vida nessas instituições é um pedaço da vida fora delas, uma continuação do que se vive fora delas. "Não há rupturas, como se imagina. Nelas, existem namoros, encontros, desencontros, solidão, brigas, ‘barracos’, felicidades, tristezas e muitas outras emoções".

(para a matéria original, acesse: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,cerca-de-4-5-milhoes-de-idosos-terao-dificuldades-na-vida-diaria-em-2020,654838,0.htm)

7 de dezembro de 2010

ATENÇÃO PARA A DEMOGRAFIA !!!!!!!

Depois de ouvir vários comentários sobre o livro de Giambiagi “Demografia: a ameaça invisível” onde analisa questões referentes à Previdência Social encontro agora este artigo de Fernando Canizan publicado na Folha (cotidiano) em 5 de dezembro de 2010
Nele, o presidente do IBGE, Eduardo Nunes diz que o último censo demonstra que a sociedade brasileira parou de crescer, mas que “longe de ser um momento de estagnação, trata-se de um momento de maturidade”... “ Os pisos, degraus, banheiros, a altura de portas de ônibus, tudo terá de ser modificado para acolher às pessoas idosas”
Gostei do comentário do Sr Nunes, não cria pânico, não culpabiliza à longevidade.... propõe soluções.
O artigo conta também com vários gráficos e pirâmides etárias muito claras. Embora eu já tivesse muito desses dados que acostumo usar em sala de aula, achei muito importante a divulgação em um jornal que atinge milhares de pessoas.

6 de dezembro de 2010

Laura Machado recebe o Prêmio Direitos Humanos

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) divulgou no dia 19/11/10 os vencedores da 16ª edição do Prêmio Direitos Humanos. A entrega das honrarias será realizada no dia 13 de dezembro.O Prêmio é a mais alta condecoração do Governo Brasileiro a pessoas e entidades que se destacaram na defesa, na promoção e no enfrentamento e combate às violações dos Direitos Humanos em nosso país.
A divulgação de ações relevantes praticadas em prol dos direitos fundamentais inerentes a todos os seres humanos através de um prêmio com envergadura nacional é de suma importância, tanto para o reconhecimento daqueles que atuam com consciência humanitária, como para a ampliação da sensibilidade da sociedade brasileira sobre a necessidade do respeito aos Direitos Humanos. O Prêmio, nesse sentido, é um importante elemento de Educação em Direitos Humanos pela sua capacidade de colaborar para a construção de uma cultura de paz na sociedade.
Constituída por personalidades nacionais ou indivíduos com notórios serviços prestados à causa dos Direitos Humanos no Brasil, e presidida pelo ministro Vannuchi, a Comissão de Julgamento contou com a ilustre presença de José Geraldo de Sousa Junior, Matilde Ribeiro, Maria Victoria Benevides, Solon Viola e Alci Marcus Ribeiro Borges.
A renomada psicóloga Laura Mello Machado, membro do Conselho Consultivo da SBGG e representante da IAGG na ONU, foi agraciada com o prêmio na categoria dos Direitos das Pessoas Idosas. Ela vem desempenhando um papel decisivo no combate à violência contra o idoso no País e mais recentemente na luta por uma convenção internacional na ONU. Laura, gerontóloga, tem um longo histórico na construção e no fortalecimento da nossa Sociedade. A SBGG reconhece com orgulho a honra conferida a Laura Machado e a parabeniza pelo prêmio.

3 de dezembro de 2010

Fotógrafo cura depressão de avó registrando-a como uma heroína de filmes e quadrinhos

Com muito carinho e cliques. Foi assim que o fotógrafo francês Sacha Goldberger conseguiu ajudar sua avó a se curar de uma depressão. Delicadamente apelidada de Mamika, a série de fotografias de Frederika Goldberger, de 91 anos, se inspira em passagens de sua própria vida.

Nas imagens, ela aparece vestida de super-heroína. Tudo foi pensado pelo seu neto porque, quando jovem, a húngara Mamika salvou 10 pessoas da perseguição nazista durante a Segunda Guerra Mundial, arriscando sua própria vida escondendo judeus em sua casa em Budapeste e os enviando para outros lugares.

Depois de problemas com o governo comunista, migrou para a França onde constituiu família e vive até hoje. Tocado pela tristeza que assolava os dias da avó, o fotógrafo propôs o ensaio que acabou fazendo tanto sucesso que até rendeu uma página no MySpace só para ela.

Hoje, Frederika recebe elogios e recados do mundo todo. Apesar de o início ter sido um pouco complicado, já que ela demorou um pouquinho para entender o ensaio e a internet, hoje parece gostar de todas as mensagens que recebe, que são uma forma do público demonstrar admiração pela sua história e pelas lindas fotografias.