Polifonia: As diversas vozes do AT
VII Congresso Internacional, VIII Ibero-americano e III Brasileiro de Acompanhamento Terapêutico
Ouvindo Vozes - "Territorialidade,
envelhecimento e etnografia - conversas com acompanhamento terapêutico"
Coordenação: Equipe Ger-Ações – Pesquisas e Ações em
Gerontologia
Roberta Elias Manna
Katia Cherix
A ideia deste encontro é
contar com a contribuição de outras áreas ao acompanhamento terapêutico, a
partir de uma conversa mais livre e aberta, disparada pelo filme “La maison en
petits cubes” (o link: http://www.youtube.com/watch?v=0V9BYAZP3yU )
Delia
Catullo Goldfarb
Psicanalista e Gerontóloga. Professora de
Psicogerontologia (UNIFESP). Diretora fundadora da GER- AÇÕES. Assessora em
Políticas Públicas. Membro da ABRAz, SBGG, REDIP. Autora dos livros “Corpo,
Tempo e Envelhecimento”, disponível em www.geracoes.org.br, e
“Demências” publicado pela Ed. Casa do Psicólogo, e de numerosos artigos no
Brasil e no exterior.
Que águas são essas que vão cobrindo a
história de um sujeito? As possibilidades dos encontros com objetos, que não
são lembranças – já que esquecidos –, mas que constroem recordações pois
procurados. Que objeto perdido é esse que incita ao mergulho profundo? Difícil
é achar o cachimbo de cada um...
Rosa
Maria Monteiro López
Antropóloga, Bacharel em Ciências Sociais (USP),
Mestre em Antropologia Social (USP), Doutoranda em Saúde Coletiva (Universidade
Federal de São Paulo).
Partindo
de ideias suscitadas pelo curta-metragem de animação “La Maison en petits
cubes”, criado e realizado pelo japonês Kunio Katô, pretende-se explorar
possíveis contribuições da antropologia e das ciências humanas para pensar
mensagens artisticamente representadas na obra. Os eventos e presenças que
compõem cada história de vida, conforme se fixam e se reconstroem nos retratos
e em nossas lembranças, são experiências pessoais e sociais que nos tornam quem
somos, assim como podem preencher de vida as ausências ocasionais ou
persistentes trazidas pelo tempo. Em objetos, pertences, espaços, disposições,
práticas, podemos entrever significações culturalmente compartilhadas e também
contribuições particulares ao sentido que atribuímos ao “nosso” mundo. É desse
universo tão particular e tão social que se propõe tratar.
Pablo Ibañez
Geógrafo, Bacharel em Geografia (UNICAMP), Mestre e
Doutor em Geografia Humana (USP).
A globalização e o desenvolvimento tecnológico
imprimem um acelerado ritmo aos indivíduos, incitando uma vertigem sem
precedentes. Passa-se a ideia de que o mundo está em nossas mãos ou de que as
possibilidades são infinitas ao passo em que se abre uma enorme clareira, a
privação de um momento de lentidão, sobretudo no que tange a reflexão. Quem
sabe esse não seja o grande valor do envelhecimento? Com base em empirias sobre
aspectos populacionais, focando nas causas e consequências do aumento do número
de idosos, pretendemos dar um dimensionamento das diferenças e semelhanças
desse instigante processo mundial.