18 de novembro de 2012

Participação Ger-acoes no Congresso Internacional de Acompanhamento terapeutico



Delia Goldfarb (Psicanalista) e  Rosa Lopez (antropóloga) comentaram o filme "La maison en petits cubes"  em mesa organizada pelo Ger- acoes no Congresso Internacional de Acompanhamento Terapeutico que aconteceu em Sao Paulo dias 15, 16 e 17 de novembro de 2012.

Nucleo Ger-ações de Acompanhamento Terapeutico


A Ger-Ações é uma OSCIP fundada em 2007 formada por profissionais de diferentes áreas preocupados com a questão do envelhecimento. Através de ações e pesquisas participam ativamente no cuidado e na construção de uma nova imagem para a velhice.

A associação busca promover a educação continuada da população idosa e dos profissionais atuantes na área, além de participar em eventos de divulgação e promoção de políticas e ações dirigidas a este público, considerando os desafios que a urbanização e a expansão demográfica trazem para a velhice na contemporaneidade.

A semente deste trabalho começa em 2001 com um grupo de estudos sobre Envelhecimento e Psicanalise coordenado pela Professora Delia Catulo Goldfarb, também convidada nesta mesa. Futuramente este grupo se vincula ao Programa de Estudos Pós-Graduados em Gerontologia da PUC-SP e passa a ser co-coordenado pela professora Ruth Gelehrter da Costa Lopes. A proposta contemplava a leitura e debate de textos teóricos sobre psicanálise, envelhecimento e a discussão de casos clínicos. O grupo era constituído por psicanalistas, gerontólogos e ats.

Começa a surgir uma demanda por profissionais que se dispusessem a acompanhar idosos e familiares nas mais diferentes situações. O grupo começa a refletir sobre como fazer AT com idosos. A escuta das questões do envelhecimento e da finitude seriam diferentes das questões dos outros ATs? O AT como uma função clínica sustentada pela escuta psicanalítica se sobressaiu: não haveria uma modalidade específica de acompanhamento terapêutico no envelhecimento.

Hoje, o Núcleo de Acompanhamento Terapêutico no Envelhecimento dentro da associação ger-ações trabalha e reflete a respeito da prática e da teoria deste campo relativamente novo que é o do acompanhamento terapêutico de idosos. Todos estes anos de trabalho serão contemplados no lançamento do livro “Travessias do tempo: Acompanhamento Terapeutico e Envelhecimento” em 2013 pela editora Casa do psicólogo.

O filme “La maison em petits cubes” (2008) do diretor japonês Kunio Katô  foi escolhido para disparar o debate desta mesa pela sensibilidade e delicadeza com que retrata o tema do envelhecimento e das perdas mas também das mudanças e possibilidade de novos projetos dentro de realidades ressignificadas.

A escolha de uma psicanalista, uma antropóloga e um geógrafo foi no sentido de fomentar a discussão da questão do espaço, essencial para a reflexão acerca do envelhecimento, invocada de forma poética no filme. Espaço do corpo que se transforma, espaço psíquico de lugares trocados, visitados, revisitados e deixados para trás, espaço do encontro com o outro, espaço no social e no coletivo, espaço urbano da circulação dos idosos em nossas cidades. 
Que território para os velhos ocuparem hoje? Que lugar para ocuparmos amanhã? Como é possível acompanhar os projetos individuais e coletivos frente a tantas mudanças? 

6 de novembro de 2012

A utopia da melhor idade



A utopia da melhor idade- palestra do historiador Leandro Karnal no Café Filosófico




Com o impacto das técnicas de manutenção da juventude artificial, qual seria o desdobramento de um corpo “sempre jovem” para uma alma que vê o envelhecimento como apodrecimento sem significado?
Quando somos jovens buscamos independência e sabedoria, mas, quando a alcançamos estamos velhos e desejamos de volta o vigor da juventude. Será que passamos a vida esperando pela idade em que seremos plenamente felizes?
Neste Café Filosófico, o historiador Leandro Karnal fala sobre a utopia da idade perfeita. Karnal analisa os valores associados à juventude em diversos períodos da história e nos mostra os novos significados que juventude e velhice assumem no mundo de hoje. Essa recorrente insatisfação, em todas as idades pode ser sintoma de nossa incapacidade de viver o presente.


Assista a palestra completa no link:

http://www.cpflcultura.com.br/2009/12/01/integra-a-utopia-da-melhor-idade/