Hoje de manhã saindo do elevador na garagem do prédio onde moro, ouvi gritos que pensei serem de uma mãe nervosa com seus filhos levados.
Mas não, eram de uma cuidadora que tentava passar uma senhora idosa da cadeira de rodas para o banco da frente do carro. Os gritos esram acompanhados de uma manipulação, no mínimo inadequada (além de violenta) do corpo da senhora que manifestava em seu rosto o constrangimento sofrido.
Quando me aproximei oferecendo ajuda, percebi que ao volante havia um senhor de grande porte assistindo a toda a cena sem nada fazer. Pela similitude física, claramente éra o filho da vítima. Enquanto a cuidadora -resmungando- guardava a cadeira no porta-malas do carro, me dirigi ao filho pedindo para não aceitar essa situação.
Claro que ele mandou não me meter, ao que respondi que continuaria me metendo e que se percebesse de novo que a senhora estava sendo maltratado iría procurar as autoridades correspondentes.
A cadeira já estava guardada e o carro quase de partida quando a senhora me brindou com om belo sorriso e uma piscadela cúmplice.
Agora, essa senhora está na sua casa, com essa cuidadora, e eu aqui, sem saber o que fazer.....
21 de fevereiro de 2011
16 de fevereiro de 2011
CURSO: PSICOGERONTOLOGIA FUNDAMENTOS E PERSPECTIVAS
Pelo sétimo ano consecutivo a COGEAE-PUC-SP oferece este curso dirigido a profissionais de todas as áreas que já atuam ou planejam trabalhar com idosos têm agora uma excelente oportunidade para aprofundar seus conhecimentos sobre gerontologia com o curso "Psicogerontologia: Fundamentos e Perspectivas". Único desse tipo no mercado, o programa tem como proposta destrinchar os aspectos psicológicos envolvidos no processo de envelhecimento, uma fase vital que vem repleta de novas demandas, e suas conseqüências.
O curso mostrará as diferentes modalidades psíquicas do envelhecer, suas determinações culturais e focalizará os grandes temas do trabalho gerontológico na atualidade, especialmente aqueles relacionados à questão da saúde e do convívio social, em acordo com as políticas públicas para este setor da população. Os alunos terão oportunidade de explorar temas como subjetivação, corpo e temporalidade, história, memória, demência, depressão e sexualidade. A relação do idoso com os familiares, cuidados a serem tomados, qualidade de vida, a questão da dependência, a opção pelo asilamento e o problema da violência também estão no programa. Além do enfoque psicológico, haverá ainda debate sobre as políticas públicas existentes ou viáveis para o setor.
A coordenação está sob responsabilidade das professoras doutoras Delia Catullo de Goldfarb e Ruth Gelehrter da Costa Lopes, ambas com reconhecida experiência na área gerontológica clínica, acadêmica e social. As aulas serão expositivas, com análise prática de casos clínicos ou institucionais.
O curso conta com os professores convidados doutores, mestres e especialistas Beltrina Corte, Vera Brandão, Marília Berzins, Maria Alice Machado, Natália Barbiero, Maíra Peixeiro, Carolina Baptista, Ana Lúcia Marquez, Elvira Gotter
Está organizado em duas partes independentes, diferentes e complementares, que podem ser cursadas isoladamente. No primeiro semestre será oferecido o módulo "Fundamentos Teóricos" e no segundo "Ações e Intervenções".
MODULO 1: FUNDAMENTOS TEÓRICOSPsicogerontologia: introdução e história
Velhice – o processo de subjetivação no envelhecimento
Evolução e modificações do aparelho psíquico
Apego e desapego
Espiritualidade – envelhecimento e espiritualidade
Envelhecimento e saúde – senescência e senilidade
Corporalidade – Modificações estéticas e funcionais
Autonomia e saúde – limite
O Eu e o tempo: tempo, história e memória
Luto – o luto pela própria vida
Depressão e doença: causas, formas e mecanismos
Memória autobiográfica: afetiva e subjetiva – Perspectivas e ressignificação da identidade atual
História e memória – Introdução à questão demencial
Demências: os mecanismos psíquicos – A situação da família
Supervisão clínica e institucional.
MODULO 2: AÇÕES E INTERVENÇÕESGerontologia e Psicogerontologia: uma abordagem interdisciplinar
Imagem social e identidade
Autonomia, independência e qualidade de vida
O idoso na família: A transmissão psíquica intergeracional
A sexualidade no envelhecimento: Sexualidade e genitalidade
Sexualidade e cultura. Repressão e preconceito
Cuidar, tratar, acompanhar: Conceitos e funções diferenciadas
Violência e preconceito: Diagnóstico, modalidades, manifestações
Gestão Gerontológica Domiciliária: resposta a novos desafios
Acompanhamento terapêutico com idosos
A Psicogerontologia e a PNI
Políticas Públicas e subjetividade
Instituições de longa permanência. Institucionalização e vínculos
Previdência e aposentadoria
Supervisão clínica e institucional.
Este curso vale pontos para a titulação de geriatra e gerontólogo da SBGG.
Promoção: Programa de Estudos Pós-Graduados em Gerontologia
Informações: (11) 3124 - 9600
Início: 21 de março de 2011
Horário: Segundas-feiras, das 19h30 às 22h30
Investimento para o primeiro módulo: 864,00 reais (matricula de 216,00 + 3 parcelas de 216,00)
APOIO: GER-AÇÕES- pesquisas e ações em gerontologia www.geracoes.org.br
O curso mostrará as diferentes modalidades psíquicas do envelhecer, suas determinações culturais e focalizará os grandes temas do trabalho gerontológico na atualidade, especialmente aqueles relacionados à questão da saúde e do convívio social, em acordo com as políticas públicas para este setor da população. Os alunos terão oportunidade de explorar temas como subjetivação, corpo e temporalidade, história, memória, demência, depressão e sexualidade. A relação do idoso com os familiares, cuidados a serem tomados, qualidade de vida, a questão da dependência, a opção pelo asilamento e o problema da violência também estão no programa. Além do enfoque psicológico, haverá ainda debate sobre as políticas públicas existentes ou viáveis para o setor.
A coordenação está sob responsabilidade das professoras doutoras Delia Catullo de Goldfarb e Ruth Gelehrter da Costa Lopes, ambas com reconhecida experiência na área gerontológica clínica, acadêmica e social. As aulas serão expositivas, com análise prática de casos clínicos ou institucionais.
O curso conta com os professores convidados doutores, mestres e especialistas Beltrina Corte, Vera Brandão, Marília Berzins, Maria Alice Machado, Natália Barbiero, Maíra Peixeiro, Carolina Baptista, Ana Lúcia Marquez, Elvira Gotter
Está organizado em duas partes independentes, diferentes e complementares, que podem ser cursadas isoladamente. No primeiro semestre será oferecido o módulo "Fundamentos Teóricos" e no segundo "Ações e Intervenções".
MODULO 1: FUNDAMENTOS TEÓRICOSPsicogerontologia: introdução e história
Velhice – o processo de subjetivação no envelhecimento
Evolução e modificações do aparelho psíquico
Apego e desapego
Espiritualidade – envelhecimento e espiritualidade
Envelhecimento e saúde – senescência e senilidade
Corporalidade – Modificações estéticas e funcionais
Autonomia e saúde – limite
O Eu e o tempo: tempo, história e memória
Luto – o luto pela própria vida
Depressão e doença: causas, formas e mecanismos
Memória autobiográfica: afetiva e subjetiva – Perspectivas e ressignificação da identidade atual
História e memória – Introdução à questão demencial
Demências: os mecanismos psíquicos – A situação da família
Supervisão clínica e institucional.
MODULO 2: AÇÕES E INTERVENÇÕESGerontologia e Psicogerontologia: uma abordagem interdisciplinar
Imagem social e identidade
Autonomia, independência e qualidade de vida
O idoso na família: A transmissão psíquica intergeracional
A sexualidade no envelhecimento: Sexualidade e genitalidade
Sexualidade e cultura. Repressão e preconceito
Cuidar, tratar, acompanhar: Conceitos e funções diferenciadas
Violência e preconceito: Diagnóstico, modalidades, manifestações
Gestão Gerontológica Domiciliária: resposta a novos desafios
Acompanhamento terapêutico com idosos
A Psicogerontologia e a PNI
Políticas Públicas e subjetividade
Instituições de longa permanência. Institucionalização e vínculos
Previdência e aposentadoria
Supervisão clínica e institucional.
Este curso vale pontos para a titulação de geriatra e gerontólogo da SBGG.
Promoção: Programa de Estudos Pós-Graduados em Gerontologia
Informações: (11) 3124 - 9600
Início: 21 de março de 2011
Horário: Segundas-feiras, das 19h30 às 22h30
Investimento para o primeiro módulo: 864,00 reais (matricula de 216,00 + 3 parcelas de 216,00)
APOIO: GER-AÇÕES- pesquisas e ações em gerontologia www.geracoes.org.br
15 de fevereiro de 2011
Perda de audição pode estar ligada a demência entre idosos
DA FRANCE PRESSE
As pessoas mais idosas com problemas de surdez podem ter uma probabilidade maior de sofrer demência e esse risco aumenta à medida que a perda auditiva se agrava, segundo uma investigação divulgada nesta terça-feira.
Cientista da Faculdade de Medicina Johns Hopkins, em Maryland, realizaram o estudo com 639 pessoas, com idade entre 36 e 90 anos, que não sofrem de demência.
Os participantes do estudo foram inicialmente submetidos a estudos para avaliar seu funcionamento mental e suas capacidades auditivas, de 1990 a 1994.
Depois foi realizado um acompanhamento até o final de maio de 2008 e eles foram avaliados novamente para determinar se sofriam de Alzheimer ou de outras formas de demência.
Do total dos analisados, 125 estavam afetados com uma leve deficiência auditiva, 53 estavam moderadamente surdos e seis deles padeciam de uma importante perda auditiva.
Durante um exame realizado em um período médio de 11,9 anos, os autores do estudo, publicado na edição de fevereiro da revista médica americana "Archives of Neurology", diagnosticaram 58 casos de demência, entre os quais 37 com Alzheimer.
Eles estabeleceram uma correlação entre o envelhecimento, a perda da audição e o aumento do risco de senilidade.
Desta forma, entre os participantes de mais de 60 anos, 36,4% do risco de demência estavam vinculados a uma perda da audição, indica a pesquisa.
Além disso, o risco de desenvolver Alzheimer aumenta 20% para cada dez decibéis de perda de capacidade auditiva.
"Inúmeros mecanismos poderão teoricamente ter um papel que explica a observação de um vínculo entre a surdez e a demência", destacou Frank Lin, principal autor destes trabalhos.
Um certo número de casos de demência poderá ser diagnosticado sem motivo entre as pessoas surdas ou indivíduos poderão ser considerados surdos sem motivo. Mas as duas patologias poderão resultar de um processo neuropatológico comum.
"No fim, a perda da audição pode estar vinculado à demência possivelmente em consequência de um esgotamento das capacidades mentais e do isolamento social ou e uma combinação de ambos", afirmaram os autores destes estudos.
As pessoas mais idosas com problemas de surdez podem ter uma probabilidade maior de sofrer demência e esse risco aumenta à medida que a perda auditiva se agrava, segundo uma investigação divulgada nesta terça-feira.
Cientista da Faculdade de Medicina Johns Hopkins, em Maryland, realizaram o estudo com 639 pessoas, com idade entre 36 e 90 anos, que não sofrem de demência.
Os participantes do estudo foram inicialmente submetidos a estudos para avaliar seu funcionamento mental e suas capacidades auditivas, de 1990 a 1994.
Depois foi realizado um acompanhamento até o final de maio de 2008 e eles foram avaliados novamente para determinar se sofriam de Alzheimer ou de outras formas de demência.
Do total dos analisados, 125 estavam afetados com uma leve deficiência auditiva, 53 estavam moderadamente surdos e seis deles padeciam de uma importante perda auditiva.
Durante um exame realizado em um período médio de 11,9 anos, os autores do estudo, publicado na edição de fevereiro da revista médica americana "Archives of Neurology", diagnosticaram 58 casos de demência, entre os quais 37 com Alzheimer.
Eles estabeleceram uma correlação entre o envelhecimento, a perda da audição e o aumento do risco de senilidade.
Desta forma, entre os participantes de mais de 60 anos, 36,4% do risco de demência estavam vinculados a uma perda da audição, indica a pesquisa.
Além disso, o risco de desenvolver Alzheimer aumenta 20% para cada dez decibéis de perda de capacidade auditiva.
"Inúmeros mecanismos poderão teoricamente ter um papel que explica a observação de um vínculo entre a surdez e a demência", destacou Frank Lin, principal autor destes trabalhos.
Um certo número de casos de demência poderá ser diagnosticado sem motivo entre as pessoas surdas ou indivíduos poderão ser considerados surdos sem motivo. Mas as duas patologias poderão resultar de um processo neuropatológico comum.
"No fim, a perda da audição pode estar vinculado à demência possivelmente em consequência de um esgotamento das capacidades mentais e do isolamento social ou e uma combinação de ambos", afirmaram os autores destes estudos.
13 de fevereiro de 2011
Corpo de portuguesa é encontrado em apartamento após quase 9 anos
Descoberta só ocorreu porque idosa seria despejada de imóvel. Cachorro e pássaros também foram achados mortos no local.
Vitor Sorano De Portugal, especial para o G1
Aida (esq.) e Laurinda (dir.): vizinhas suspeitaramde sumiço de idosa (Foto: Vitor Sorano/G1)
O corpo de uma idosa portuguesa foi encontrado, na cozinha de seu apartamento em uma vila a 25 km de Lisboa, quase 9 anos depois do registro de seu desaparecimento. A descoberta ocorreu na terça-feira (8), dia em que ela seria despejada por atrasar a prestação do imóvel.
“Foi uma vergonha para o país. Se não fossem as Finanças (órgão responsável pelo despejo) quererem o dinheiro deles [o corpo continuaria lá]”, diz Aida Martins, de 82 anos. Foi ela quem, em agosto de 2002, avisou as autoridades locais sobre o desaparecimento da vizinha, Augusta Martinho, que completaria 96 anos neste sábado (12).
Olhava para a janela dela, que tinha luz acesa todos os dias. Até que um dia a luz apagou-se"
Fernanda Borges, vizinha
A aposentadoria havia sido cortada em 2003. Aida enviou de volta os recibos que se amontoavam na caixa de correio de Augusta. A energia também foi cortada. “Quando eu ia trabalhar, olhava para a janela dela, que tinha a luz acesa todos os dias. Até que um dia a luz apagou-se”, conta a aposentada Fernanda Borges, de 55 anos, também moradora do prédio.
Após localizar um parente pela lista telefônica, como orientada, Aida afirma ter voltado à Guarda Nacional Republicana (GNR, órgão ao qual havia comunicado o desaparecimento) para abrir o inquérito. “Localizaram uma foto de quando ela era professora em outra cidade e me perguntaram se eu a reconhecia. Disse que sim", afirma Aida, que foi orientada a aguardar. Os pedidos de arrombamento não adiantaram, conta a idosa. “Eu disse: o condomínio paga a fechadura."
ReservadaO apartamento é o 4º do número 16 da Praceta das Amoreiras. Foi vendido em leilão público, sem visita dos funcionários do governo nem dos compradores. Esses últimos, segundo a vizinha Fernanda, talvez tenham olhado o imóvel de baixo, que é similar. “O preço era bom, mesmo que tivesse que fazer reformas por dentro (compensava)”, diz.
Júlio Luis diz que Augusta costumava alimentar osanimais de perto do prédio (Foto: Vitor Sorano/G1)
Na terça-feira, os novos proprietários, um funcionário das Finanças e um chaveiro chegaram para tomar posse. A porta de entrada já havia sido aberta, mas o corpo de Augusta impedia a entrada na cozinha. Os bombeiros foram chamados.
“Havia também o cadáver de um cão e de alguns pássaros, que deviam fazer companhia para ela”, diz Luís Pimentel, comandante dos Bombeiros de Agualva-Cacém, que atenderam à ocorrência. Em 43 anos de profissão, diz ele, foi a primeira vez que se deparou com um caso como esses.
“Ela era muito amiga dos animais. Ralhava com ela algumas vezes pois dava comida aos gatos aqui na rua e atraía ratos”, diz Júlio Luís, de 60 anos, dono de um pequeno café ao pé do prédio da vítima. “Ela era pouco sociável. Só passava para jogar o lixo fora.”
Ela era pouco sociável. Só passava para jogar o lixo fora"
Júlio Luis, comerciante
Apesar de ser uma das primeiras moradoras do prédio, Augusta era reservada, segundo os vizinhos. “Era só bom dia, boa noite na escada”, diz a aposentada Laurinda Cardoso, de 77 anos, que mora no andar de baixo ao de Aida. “Ela só tocava a campanhia para pagar o condomínio”, diz Fernanda Borges, do 1º andar. O marido havia morrido alguns anos atrás.
“Ela não tinha família, não estava inscrita em nenhuma associação de terceira idade. Sabíamos que ela morava ali, mas não mantínhamos contato”, diz Felipe Santos, da Junta de Freguesia (semelhante, no Brasil, à subprefeitura) de Rio do Mouro. “Ninguém consegue explicar como isso ocorreu. Mas ocorreu”.
Sem cheiroA caixa de correio cheia de papéis sugeriu que algo não ia bem com Augusta, segundo Aida. “De noite eu pensava, 'será que ela caiu no mar?'”, conta a vizinha, já que a mulher viajava algumas vezes para o litoral. “Ou estava morta ou desapareceu. Perdeu o tino, sabe?”, comenta Laurinda.
O edifício, a porta do apartamento de Augusta e documentos com pedido de buscas (Vitor Sorano/G1)
A desconfiança de que a idosa ainda pudesse estar no apartamento vinha da luz permanentemente acesa e das janelas abertas. “Houve infestação de baratas e eu dizia que era dali”, diz Júlio Luís, do café, cujo filho morou no prédio.
“Se eu convivi 8 anos com o cadáver, agora não vai alterar em nada"
Fernanda Borges, vizinha
Segundo os moradores, durante esses anos não se notou qualquer cheiro. Por isso, alguns supunham que ela estivesse no quarto, com a porta fechada. “Outro dia ainda comentei: 'será que a mulher está la dentro?'”, diz Laurinda.
Os vizinhos ouvidos pelo G1 afirmam que a descoberta não virou motivo para se mudarem. “A coitada alma dela agora já vai longe”, diz Laurinda. “Se convivi 8 anos com o cadáver, agora não vai alterar em nada”, afirma Fernanda.
“Ainda chorei quando vi o corpo dela sair. É muito triste ver passarem anos que uma pessoa esteve ali, morta”, diz Aida.
O corpo da vítima foi levado para o Instituto de Medicina Legal. Ainda não há previsão de quando será feito o enterro.
Outro lado
O departamento de Relações Públicas da GNR informou ao G1 que ainda não possui informações para confirmar que houve a comunicação do desaparecimento, mas que presumivelmente os documentos apresentados por Aida à reportagem são verdadeiros. Os processos com mais de 5 anos são arquivados e por isso o que seria referente ao caso ainda não foi encontrado, informou.
O Ministério das Finanças diz que agiu dentro da legalidade e que não poderia prestar mais informações. A polícia diz que a área onde fica o apartamento não ficava, à época, sob sua responsabilidade.
O Tribunal de Sintra, que também teria sido avisado do desaparecimento, disse que o assunto é de competência do Ministério Público. O MP foi procurado pela reportagem, mas não respondeu as ligações.
Vitor Sorano De Portugal, especial para o G1
Aida (esq.) e Laurinda (dir.): vizinhas suspeitaramde sumiço de idosa (Foto: Vitor Sorano/G1)
O corpo de uma idosa portuguesa foi encontrado, na cozinha de seu apartamento em uma vila a 25 km de Lisboa, quase 9 anos depois do registro de seu desaparecimento. A descoberta ocorreu na terça-feira (8), dia em que ela seria despejada por atrasar a prestação do imóvel.
“Foi uma vergonha para o país. Se não fossem as Finanças (órgão responsável pelo despejo) quererem o dinheiro deles [o corpo continuaria lá]”, diz Aida Martins, de 82 anos. Foi ela quem, em agosto de 2002, avisou as autoridades locais sobre o desaparecimento da vizinha, Augusta Martinho, que completaria 96 anos neste sábado (12).
Olhava para a janela dela, que tinha luz acesa todos os dias. Até que um dia a luz apagou-se"
Fernanda Borges, vizinha
A aposentadoria havia sido cortada em 2003. Aida enviou de volta os recibos que se amontoavam na caixa de correio de Augusta. A energia também foi cortada. “Quando eu ia trabalhar, olhava para a janela dela, que tinha a luz acesa todos os dias. Até que um dia a luz apagou-se”, conta a aposentada Fernanda Borges, de 55 anos, também moradora do prédio.
Após localizar um parente pela lista telefônica, como orientada, Aida afirma ter voltado à Guarda Nacional Republicana (GNR, órgão ao qual havia comunicado o desaparecimento) para abrir o inquérito. “Localizaram uma foto de quando ela era professora em outra cidade e me perguntaram se eu a reconhecia. Disse que sim", afirma Aida, que foi orientada a aguardar. Os pedidos de arrombamento não adiantaram, conta a idosa. “Eu disse: o condomínio paga a fechadura."
ReservadaO apartamento é o 4º do número 16 da Praceta das Amoreiras. Foi vendido em leilão público, sem visita dos funcionários do governo nem dos compradores. Esses últimos, segundo a vizinha Fernanda, talvez tenham olhado o imóvel de baixo, que é similar. “O preço era bom, mesmo que tivesse que fazer reformas por dentro (compensava)”, diz.
Júlio Luis diz que Augusta costumava alimentar osanimais de perto do prédio (Foto: Vitor Sorano/G1)
Na terça-feira, os novos proprietários, um funcionário das Finanças e um chaveiro chegaram para tomar posse. A porta de entrada já havia sido aberta, mas o corpo de Augusta impedia a entrada na cozinha. Os bombeiros foram chamados.
“Havia também o cadáver de um cão e de alguns pássaros, que deviam fazer companhia para ela”, diz Luís Pimentel, comandante dos Bombeiros de Agualva-Cacém, que atenderam à ocorrência. Em 43 anos de profissão, diz ele, foi a primeira vez que se deparou com um caso como esses.
“Ela era muito amiga dos animais. Ralhava com ela algumas vezes pois dava comida aos gatos aqui na rua e atraía ratos”, diz Júlio Luís, de 60 anos, dono de um pequeno café ao pé do prédio da vítima. “Ela era pouco sociável. Só passava para jogar o lixo fora.”
Ela era pouco sociável. Só passava para jogar o lixo fora"
Júlio Luis, comerciante
Apesar de ser uma das primeiras moradoras do prédio, Augusta era reservada, segundo os vizinhos. “Era só bom dia, boa noite na escada”, diz a aposentada Laurinda Cardoso, de 77 anos, que mora no andar de baixo ao de Aida. “Ela só tocava a campanhia para pagar o condomínio”, diz Fernanda Borges, do 1º andar. O marido havia morrido alguns anos atrás.
“Ela não tinha família, não estava inscrita em nenhuma associação de terceira idade. Sabíamos que ela morava ali, mas não mantínhamos contato”, diz Felipe Santos, da Junta de Freguesia (semelhante, no Brasil, à subprefeitura) de Rio do Mouro. “Ninguém consegue explicar como isso ocorreu. Mas ocorreu”.
Sem cheiroA caixa de correio cheia de papéis sugeriu que algo não ia bem com Augusta, segundo Aida. “De noite eu pensava, 'será que ela caiu no mar?'”, conta a vizinha, já que a mulher viajava algumas vezes para o litoral. “Ou estava morta ou desapareceu. Perdeu o tino, sabe?”, comenta Laurinda.
O edifício, a porta do apartamento de Augusta e documentos com pedido de buscas (Vitor Sorano/G1)
A desconfiança de que a idosa ainda pudesse estar no apartamento vinha da luz permanentemente acesa e das janelas abertas. “Houve infestação de baratas e eu dizia que era dali”, diz Júlio Luís, do café, cujo filho morou no prédio.
“Se eu convivi 8 anos com o cadáver, agora não vai alterar em nada"
Fernanda Borges, vizinha
Segundo os moradores, durante esses anos não se notou qualquer cheiro. Por isso, alguns supunham que ela estivesse no quarto, com a porta fechada. “Outro dia ainda comentei: 'será que a mulher está la dentro?'”, diz Laurinda.
Os vizinhos ouvidos pelo G1 afirmam que a descoberta não virou motivo para se mudarem. “A coitada alma dela agora já vai longe”, diz Laurinda. “Se convivi 8 anos com o cadáver, agora não vai alterar em nada”, afirma Fernanda.
“Ainda chorei quando vi o corpo dela sair. É muito triste ver passarem anos que uma pessoa esteve ali, morta”, diz Aida.
O corpo da vítima foi levado para o Instituto de Medicina Legal. Ainda não há previsão de quando será feito o enterro.
Outro lado
O departamento de Relações Públicas da GNR informou ao G1 que ainda não possui informações para confirmar que houve a comunicação do desaparecimento, mas que presumivelmente os documentos apresentados por Aida à reportagem são verdadeiros. Os processos com mais de 5 anos são arquivados e por isso o que seria referente ao caso ainda não foi encontrado, informou.
O Ministério das Finanças diz que agiu dentro da legalidade e que não poderia prestar mais informações. A polícia diz que a área onde fica o apartamento não ficava, à época, sob sua responsabilidade.
O Tribunal de Sintra, que também teria sido avisado do desaparecimento, disse que o assunto é de competência do Ministério Público. O MP foi procurado pela reportagem, mas não respondeu as ligações.
7 de fevereiro de 2011
OS INVESTIMENTOS DEPOIS DE APOSENTADO
seg, 31/01/11 por mara.luquet
Um estudo com americanos aposentados mostra que problemas com saúde e viuvez são as variáveis que causam mais impacto na carteira de investimentos. Há uma redução drástica em todas as aplicações e concentração em aplicação de renda fixa extremamente conservadora, os CDs, que pagam retornos muito baixos. Num cenário de inflação em alta tem uma armadilha financeira aqui…Mas vamos falar mais sobre o estudo no boletim de hoje. Depois de analisar todas as informações do estudo, estou convencida de que o melhor investimento é saude!
A íntegra do estudo está aqui investimento em idade avançada
Um estudo com americanos aposentados mostra que problemas com saúde e viuvez são as variáveis que causam mais impacto na carteira de investimentos. Há uma redução drástica em todas as aplicações e concentração em aplicação de renda fixa extremamente conservadora, os CDs, que pagam retornos muito baixos. Num cenário de inflação em alta tem uma armadilha financeira aqui…Mas vamos falar mais sobre o estudo no boletim de hoje. Depois de analisar todas as informações do estudo, estou convencida de que o melhor investimento é saude!
A íntegra do estudo está aqui investimento em idade avançada
NUNCA ES TARDE
Para aquellos que les interese, reenvío el enlace a un video que me
resultó muy interesante para pensar los estereotipos y los potenciales en
la vejez. Luego de verlo, una vez más volvió a resonarme la vieja frase de
Spinoza, "nadie sabe lo que puede un cuerpo".
http://www.youtube.com/watch?v=t1kkNymqT_M
Robert Pérez Fernández Mg.SM
Prof. Agr. Universidad de la República, Facultad de Psicología.
Centro de Investigación Clínica en Psicología y Servicio de Psicología de
la Vejez
Mercedes 1737 CP: 11200 Tel. (598) 2409 22 27
MONTEVIDEO, URUGUAY
rperez@psico.edu.uy
http://blog.psico.edu.uy/cicp/
http://www.investigacionenvejecimiento.psico.edu.uy
resultó muy interesante para pensar los estereotipos y los potenciales en
la vejez. Luego de verlo, una vez más volvió a resonarme la vieja frase de
Spinoza, "nadie sabe lo que puede un cuerpo".
http://www.youtube.com/watch?v=t1kkNymqT_M
Robert Pérez Fernández Mg.SM
Prof. Agr. Universidad de la República, Facultad de Psicología.
Centro de Investigación Clínica en Psicología y Servicio de Psicología de
la Vejez
Mercedes 1737 CP: 11200 Tel. (598) 2409 22 27
MONTEVIDEO, URUGUAY
rperez@psico.edu.uy
http://blog.psico.edu.uy/cicp/
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